A gênese planejada de fármacos quando empregada em sua rotina convencional pode estar ativa por mais de 10 anos antes de levar os cientistas à descoberta e desenvolvimento de um novo medicamento que ajudará na melhora das condições de vida das pessoas portadoras de alguma enfermidade.
O NEQUIMED/IQSC/USP, vem desenvolvendo, há cerca de 6 anos, um novo candidato a fármaco para o tratamento da doença de Chagas. O estágio atual é o de transladar os candidatos para as fases ulteriores da gênese planejada de fármacos. Mas, somente para aqueles com propriedades farmacológicas úteis qualificáveis às fases clínicas cabíveis aos estudos em seres humanos.
Em momentos de pandemia, como a atualmente vivida no Brasil e no mundo, que tem assolado não apenas à saúde de muitos como também a economia e as condições normais de vida que incluem os aspectos psicológicos existenciais, a gênese planejada de fármacos não é mais adequada na acepção precípua do termo. Isso quer dizer que não podemos esperar 10 anos para a descoberta e desenvolvimento de um novo medicamento para a COVID-19. Também não podemos esperar para a doença de Chagas!
Uma maneira de acelerar o processo dá-se por reposicionamento de fármacos já conhecidos e em emprego terapêutico para o tratamento de outras doenças que acometem aos seres humanos para tratar quem padece da COVID-19.
De forma eficiente, pode-se aplicar o método recorrente de ensaio fenotípico para testar todos os medicamentos, fármacos em fases experimental e investigacional incluindo ainda a ressurreição daqueles que já avançaram para as fases clínicas mas não alcançaram êxito terapêutico para tratar outras doenças.
Quantos são? O NEQUIMED/IQSC/USP está estudando 12.280 pequenas moléculas para reposicionamento e eventual tratamento da COVID-19. Entretanto, não basta identificar candidatos para o teste contra o SARS-CoV-2 ou qualquer de seus alvos de interesse farmacológico. É preciso avançar para modelos em que a biologia recapitule os processos múltiplos de reconhecimento e interação celular in vivo! Há que se integrar fármacos-alvos-doenças.
Além disso, combinações terapêuticas irrompem como alternativa complementar e quantiosa para tratar doenças complexas que incluem a COVID-19. Até o presente momento, as descobertas observáveis universalmente indicam a existência de alguns medicamentos e fármacos experimentais/investigacionais em fases clínicas avançadas e portanto viáveis para tratar da COVID-19. Alguns deles poderão funcionar bem em combinação terapêutica incluindo os notáveis “coquetéis” usados para tratar com sucesso as pessoas que experimentam doenças com o HIV e a hepatite C.
O NEQUIMED/IQSC/USP vem empregando métodos em inteligência artificial com aprendizado de máquinas (AI/ML) para descrever esse espaço químico. A integração AI/ML com planejamento molecular baseado no alvo terapêutico, associado a grafos moleculares, oferece alternativas viáveis para a busca urgente por novos tratamentos da COVID-19.
Venha. Junte-se a nós nessa cruzada célere em prol da saúde.
NEQUIMED/IQSC/USP. Fazendo ciência em benefício da saúde!
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