out 072017
 
Se analisarmos a lista de descobertas e invenções de fármacos, são os países pioneiros na síntese química (por exemplo, EUA, Reino Unido e Alemanha) que foram os locais de nascimento da indústria de hoje.
Só que não basta fazer a síntese indiscriminada de novas substâncias químicas para encontrar novos fármacos. Por exemplo, quando do advento da química combinatória uma miríade de substâncias químicas poderia (e pode) ser sintetizada. Entretanto, na grande maioria das vezes, sem as  características fármaco-similares necessárias. A verdadeira diversidade química foi perdida enquanto os químicos estavam presos a modelos e reações familiares. O principal motivo disso é a falta de propriedades ajustadas ao espaço químico desejado como, por exemplo, massa molecular (MM), lipofilia (como logP) e área polar de superfície (PSA). Um problema extra refere-se à busca por substâncias isentas de centros estereogênicos que, se negligenciados, podem perfeitamente perder a astúcia natural do mundo L. É claro, há exceções reconhecidas.
Considerando que o espaço químico pode ser o universo (veja aqui), é melhor pensarmos apropriadamente como construí-lo usando, por exemplo, a nossa estratégia em planejamento molecular baseado em hipóteses (veja aqui e aqui). Em nossas hipóteses, entretanto, aparecem algumas sínteses dificeis de fazer. Talvez, entretanto, seja por isso que estejamos decolando para um espaço de acertos. A escadaria para o sucesso é inclinada e exige um ciclo eficiente de planeja-sintetiza-testa-analisa-planeja! Repete o ciclo. Então, os inibidores subnanomolar de cisteíno proteases aparecem e alguns deles matam o Trypanosoma cruzi.
Embora estejamos focados no espaço químico druggable, estamos atentos aos vizinhos.

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